Depois da crise financeira mundial em 2008, a China se tornou um ótimo mercado para as principais marcas de iates do mundo. Essas marcas entraram no mercado e grandes shows foram rapidamente organizados.
Em 2012, a campanha anticorrupção do presidente Xi Jinping foi anunciada, o que significa que os iates de luxo eram considerados sinais indesejáveis que poderiam atrair o interesse das autoridades. O mercado chinês estava praticamente morto. Além disso, um outro fator para essa queda foi o imposto de importação de 43,65% sobre os iates.
A HeySea Yachts, fundada em 2007, aproveitou os custos de mão-de-obra barata na China para atingir os mercados europeu e norte-americano, mas a crise financeira de 2008 chegou e eles mudaram seu foco para o mercado chinês. No entanto, após um começo incerto, em 2010 a empresa teve um grande avanço e agora seu livro de pedidos está completo para 2018 e para o primeiro semestre de 2019, num total de 6 iates.
Na construção de iates chineses, como seus gostos diferem dos europeus ou americanos, as cabines são transformadas em salas de entretenimento, já que os proprietários chineses raramente dormem a bordo. Os estaleiros europeus normalmente colocam a cozinha perto da sala de estar. A cozinha é colocada abaixo, já que os donos chineses não querem o cheiro de comida enquanto recebem seus convidados, e os bilionários chineses não preparam sua própria comida. Os europeus adoram tapetes, mas estes não são adequados para o clima úmido da costa da China.
Chineses no mercado mundial
Em 2012-2013, as empresas chinesas adquiriram participações de controle na Sunseeker (por £ 320 milhões) e na Ferretti – marcas de iates bem conhecidas em todo o mundo. A San Lorenzo faz parte de uma joint venture chinesa, mas nenhuma delas constrói seus iates na China. O IAG foi comprado pelo estaleiro chinês Sunbird em 2015.
Existe um grande potencial para superiates na China, a demanda pelo iate de mais de 60 metros está crescendo, já que o número de bilionários chineses está crescendo. O mercado náutico chinês ainda precisa de algum cultivo, e se os superiates de luxo forem produzidos na China, os velhos estereótipos sobre qualidade precisam ser abordados.
