Em longos passeios, o piloto automático é imbatível nos barcos: não se cansa, não se distrai e obedece ordens. Mas sempre exigirá a supervisão humana por perto.
Muitos acidentes marítimos acontecem quando o timoneiro adormece no comando com o piloto automático ativado. Nos barcos, o piloto automático é uma ferramenta maravilhosa, particularmente em longas travessias, para evitar que o passeio se torne uma atividade cansativa. Ele mantém um rumo predefinido, atuando sobre o leme e corrigindo eventuais desvios causados pelos ventos, correntes e ondas.
Mas o piloto automático pode ter um efeito secundário, já que ele assume o barco por você, promovendo certa submissão no mando e, às vezes, podendo levar a uma perda de vigilância.
O que fazer para manter-se alerta enquanto o piloto automático faz o seu trabalho?
1- Tenha um copiloto
A segunda pessoa irá ajuda-lo a ficar acordado, além de também servir como um segundo par de olhos para navegar de forma segura.
2- Alarme
Defina um alarme de relógio ou configure o seu celular para tocar a cada 15 minutos. Coloque-o dentro do campo auditivo, mas a uma distância que o obrigue a se movimentar para desliga-lo.
3- Zona de proteção
É importante manter uma zona de proteção no radar, mantendo o volume alto o suficiente para chamar a sua atenção caso apareça um objeto que atrapalhe a rota, como um ilha, por exemplo.
4- Sua vez!
Se você se pegar pescando pela sonolência, desligue o piloto automático e pilote o barco manualmente. Essa atitude o ajudará a se manter acordado. É mais difícil adormecer em pé do que sentado. Se o cansaço apertar, passe o comando.
A rigor, não há nada de errado em usar o piloto automático. Se você navegar só em passeios curtos, em regiões com trânsito elevado de embarcações, o que exige atenção constante, o investimento é duvidoso. Já em travessias maiores, ele permitirá aproveitar melhor a viagem, mas desde que você fique acordado e monitorando.
O fato é que, mesmo com todo o auxílio, nenhum piloto automático substitui um bom comandante experiente.