A próxima geração da vela brasileira está na Tailândia para a disputa do Campeonato Mundial de Optimist, no Royal Varuna Yacht Club, na cidade de Pattaya. Cinco velejadores vão representar o país na competição, que será aberta nesta terça-feira, dia 11, com as medições de barcos. A disputa de regatas começa na quinta-feira, dia 13, e Nicolas Bernal, Marina da Fonte, Leonardo Crespo, Bernardo Peixoto e Luiz Otávio Correia estarão na água com o colete do Brasil. O projeto de Vela Jovem da Confederação Brasileira de Vela (CBVela) tem patrocínio do Grupo Energisa. A CBVela conta com o patrocínio máster do Bradesco.
“A gente treinou muito, muito mesmo. E esperamos voltar com um bom resultado”, afirma Nicolas Bernal, o atual campeão brasileiro de Optimist, a principal classe de formação da vela e porta de entrada na modalidade, já que se trata de uma embarcação de pequeno porte, para crianças e adolescentes de até 60kg.
A equipe embarcou para o Mundial no fim da semana passada e está desde domingo fazendo aclimatação na Tailândia. Na bagagem, a delegação levou um presente especial: uma bandeira do Brasil autografada pelos bicampeões olímpicos Torben Grael e Marcelo Ferreira, que encontraram a equipe de Optimist durante a inauguração da nova sede da CBVela, na Marina da Glória, no fim de junho.
“É bacana ter esse contato com os meninos. Quando eu tinha a idade parecida com a deles, pude acompanhar palestras dos grandes velejadores da época durante um Campeonato Brasileiro. Isso foi super importante”, diz Torben Grael, que hoje é o coordenador da Equipe Principal do Brasil.
No Mundial de Optimist, o treinador Edival Júnior, de Recife, é o responsável pelo comando técnico do time brasileiro. A delegação reúne velejadores de cinco clubes diferentes: Yacht Club Santo Amaro (Nicolas Bernal), Cabanga Iate Clube de Pernambuco (Marina da Fonte), Clube Naval Charitas (Luiz Otávio Correia), Iate Clube do Rio de Janeiro (Leonardo Crespo) e Yacht Club da Bahia (Bernardo Peixoto).
“Temos uma equipe diversificada, com velejadores de quatro estados diferentes: São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco. Isso mostra como o trabalho de formação de atletas está espalhado pelo Brasil. Agora, o principal objetivo é dar a esse grupo a vivência em uma competição de nível internacional. É um momento de grande aprendizado, desde a preparação do barco às regatas em si, passando pela adaptação ao fuso horário. Claro que estaremos observando os resultados e a competitividade, mas esta é uma fase de formação para todos os atletas que estão aqui”, explica Walter Boddener, chefe da delegação brasileira.