As regatas decisivas da primeira etapa da temporada oceânica do Circuito Ilhabela prometem neste fim de semana (18 e 19/3) dar sequência aos acirrados duelos estabelecidos na abertura do campeonato. O líder da classe C30, Caballo Loco, leva um ponto de vantagem sobre o Caiçara, enquanto +Realizado eCycle e Barracuda também travam equilibrada disputa pelo terceiro lugar na classificação geral após cinco regatas e um descarte.
O fim de semana inaugural (11 e 12) acelerou as embarcações, devido ao vento de sudoeste a sul no primeiro dia, e depois na direção leste, com velocidade entre 8 e 14 nós. O Caballo Loco, com o timoneiro Tommy “Mãozinha de Ouro”, cruzou a linha de chegada três vezes em primeiro lugar, contra duas vitórias do Caiçara, comandado por Marcos Cesar. Equipados com algumas velas novas, ambos otimizaram seus desempenhos e acirraram ainda mais o emocionante duelo que deve prosseguir nas raias da Capital Nacional da Vela.
O tradicional equilíbrio da C30, reflete-se ainda na disputa pelas medalhas de bronze da etapa. A tripulação do +Realizado, também ajustando velas novas, segue com ligeira vantagem sobre o Barracuda, que promete novo enxoval para as próximas regatas. “No fim de semana anterior tivemos a bordo quatro novos tripulantes, o que requer ajustes em cada posição. Temos experiência suficiente para adequarmos funções e tarefas a fim de melhorarmos o desempenho do barco”, afirma Humberto Diniz, comandante do Barracuda.
O potencial do Barracuda, entretanto, mantém o otimismo de seu comandante em relação às primeiras regatas do Circuito Ilhabela (Copa Suzuki). “Fomos bem em todas as largadas e conseguimos ficar à frente do +Realizado na segunda regata. Depois cometemos muitos erros, aliás, já identificados. Vamos evoluir nas próximas regatas. Os adversários que se preparem”, garante Diniz.
Afinado como um violino
O desafio da busca pela regulagem ideal também é prioridade para a tripulação do +Realizado, esperançosa após a abertura da temporada. “Tivemos um ótimo fim de semana, de intenso aprendizado, apesar de não treinarmos com as velas novas. Faremos novos ajustes no mastro e veremos se a opção é correta. Costumamos dizer que o C30 é como um violino, alguns centímetros a mais ou a menos nos cabos que regulam as velas, podem desafinar o barco todo”, compara Ricardo Apud, trimmer (responsável pelas velas) do +Realizado eCycle.
O Yacht Club de Ilhabela (YCI) deverá receber neste fim de semana cerca de 30 embarcações entre as classes C30, HPE 25, IRC e RGS. A Comissão de Regatas poderá adotar novamente o gate, marcado por duas boias, no meio da raia, nas pernas de popa para a C30, novidade que favoreceu a competitividade na classe e agradou aos velejadores na abertura da primeira das quatro etapas previstas ao longo do ano no XVII Circuito Ilhabela de Vela Oceânica.