O ano de 2017 foi promissor para a vela no Estado de São Paulo devido à evolução da Copa Paulista, criada em 2015 pelo Yacht Club Paulista e organizada exclusivamente pelo clube com regatas apenas na Represa Guarapiranga nas duas primeiras edições como Copa YCP. Nesta temporada, somadas as 12 etapas, 251 barcos diferentes competiram, contra 180 de 2016, aumento de 40% nas inscrições.
A temporada movimentou 407 velejadores de 20 classes em 35 regatas, números que deixaram os organizadores gratificados. “Chegamos ao final do ano com entusiasmo diante da participação massiva de clubes e velejadores, não apenas da Guarapiranga. Estamos no caminho certo”, comemorou a vice-comodoro do YCP, Paola Prada Lorenzi, também velejadora e idealizadora do grupo feminino Divas da Snipe.
Atendendo à proposta da Copa Paulista, de disseminar a vela no estado, neste ano foram incluídas etapas em Santos e Ilhabela, e outros três clubes passaram a dividir com o YCP a responsabilidade de organizar e receber o campeonato: Yacht Club Santo Amaro (YCSA), Clube de Campo São Paulo (CCSP) e Iate Clube de Santos (ICS).
Associado do YCP desde a infância, o veterano velejador Luis Borba disputou a Copa Paulista ao lado do jovem Leonardo Lorenzi, de Snipe, com o barco Pasta. “A copa proporcionou a retomada da vela na represa para todas as classes. A Snipe, especificamente, foi a que mais aderiu ao movimento e se tornou a classe mais ativa”, observou Borba.
Afastado das raias durante 15 anos, Borba encontrou na copa a motivação para voltar a praticar o esporte que mais admira. “Retornei às regatas no Classic Sailing Festival, organizado pelo Yacht Club Paulista em 2016 e vi na copa a oportunidade de permanecer velejando. Além de atrair novos velejadores, a competição teve o mérito de resgatar muitos dinossauros, como eu”, diverte-se Borba.
Copa em família – Quem também se divertiu nas raias da Guarapiranga e de Ilhabela, foi Marcelo Sestini, principalmente por ter optado pela classe HPE 25, para quatro tripulantes, o que lhe permite competir ao lado dos filhos Thiago e Bruno, de 15 e 12 anos. “Além de manter a família unida, a classe é muito competitiva. O primeiro objetivo, motivá-los para a vela, foi atingido. A tendência agora é que passem a velejar de Snipe e assim vamos formando novos velejadores”, prega o comandante do Ubuntu.
A HPE 25 registrou relevante evolução nesta temporada ao longo da Copa Paulista, fechando o ano com uma flotilha de 17 barcos na represa e perspectiva de novos adeptos. O YCP terá em 2018 um barco da classe exclusivo para aprendizagem. “Teremos um HPE 25 para a formação de jovens e adultos durante pelo menos um ano. Os alunos irão sentir com mais intensidade a emoção de velejar”, revela Richard Andersen, responsável pela escola de vela Dick Sail, instalada no YCP.
O sucesso da Copa Paulista passa pelas mãos de Alberto Hackerott, ex-diretor de vela do YCP e um dos criadores da competição em 2015. “A copa neste ano fez com que os velejadores da represa fossem para o mar e que os do mar conhecessem a represa, o que proporcionou aprendizado a todos. Precisamos motivar a base amadora da vela, para que os mais novos se espelhem nos mais experientes”, sugere Beto, vice-campeão de Snipe em 2017, em dupla com a esposa Eloah.
Troféu Joerg Bruder (coordenador da classe mais ativa em 2017)
Alonso Lopez – YCP – Snipe
Campeões das classes mais numerosas na Copa Paulista 2017
Snipe – Enrico e Frederico Francavilla – YCSA
Day Sailer – Arno Buchli Jr. e Silvio Faleiros – ASBAC
Optimist – Olívia Franco – YCSA
Star – Alessandro Pascolato e Henry Boening – YCP
Finn – Ricardo Santos – YCSA
Dingue – Guilherme Menezes e Yasmin Cardoso – ICS
Laser 4.7 – Felipe Fonseca – YCSA
Laser Standard – André Scwarz – YCSA
Laser Radial – Christine Reimer – YCSA
HPE 25 – Espetáculo – Luis Fernando Staub – YCSA
Por Ari Pereira Jr.
Copa Paulista
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