A flotilha da Volvo Ocean Race continua sua incansável velejada no sentido leste pela sétima etapa da regata. Nesta quinta-feira (22), os barcos aproveitam todas as opções que os mares do sul oferecem para acelerar rumo a Itajaí (SC), destino final da prova. As equipes lidam com ventos fortes – variando de 20 a 25 nós – o que dá em média 500 milhas náuticas por dia de navegação.
Mas essa situação está prestes a mudar. E para pior! Navegando pelos mares do sul, os velejadores vão se deparar com uma frente fria de ventos soprando de oeste-sudoeste. A velocidade das rajadas deve ultrapassar 40 nós. Os termômetros, que estão em 8 graus, devem cair consideravelmente nos próximos dias.
“Até agora tem sido difícil, mas rápido”, disse Rob Greenhalgh, do MAPFRE. ”Tivemos de 20 a 25 nós, o que é perfeito. Mas em 24 horas esperamos um aumento para 35 nós”.
”Serão condições pesadas durante três ou quatro dias, 35 a 45 nós, talvez mais”, disse Charles Caudrelier, líder do Dongfeng Race Team. ”Também vamos pegar um mar enorme, talvez 10 metros”.
Os atletas precisam avaliar algumas opções: continuar a beirar o limite extremo sul perto da zona de exclusão do gelo ou vir mais para o norte, o que os tiraria das condições mais fortes, mas aumentaria as milhas velejadas até o Brasil. É um equilíbrio delicado de velocidade versus segurança, dada a previsão de tempo pesada.
Chris Nicholson, do AkzoNobel, é um veterano da Volvo Ocean Race. Por conhecer os mares do sul, o velejador australiano sabe que o que vem pela frente é complicado. ”Nosso objetivo aqui no AkzoNobel é atravessar com segurança e com o barco inteiro. Teremos pelo menos uma semana andado de 30 a 40 nós nos mares do sul. Será um esforço e tanto”.
O team AkzoNobel de Chris Nicholson e da brasileira Martine Grael segue na liderança provisória da etapa, de acordo com o placar da Volvo Ocean Race. Estão sendo seguidos de perto por outros quatro barcos, incluindo o MAPFRE, que está mais próximo.
Pontuação dobrada na Volvo Ocean Race
A sétima etapa da Volvo Ocean Race tem ao todo 7.600 milhas náuticas e após cinco dias de regata rumo ao Brasil, os barcos já percorreram 2.600 milhas náuticas desde Auckland, na Nova Zelândia. O vencedor da perna ganhará pontuação dobrada. Outra bonificação extra vai para o primeiro barco que contornar o Cabo Horn.
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