A brasileira Martine Grael, integrante do team AkzoNobel, relatou, nesta segunda-feira (26), que a navegação ocorre com neve! Os barcos estão beirando o limite de gelo, que a organização impôs para evitar contatos com icebergs.
O frio é um dos principais adversários dos velejadores que disputam a sétima etapa da Volvo Ocean Race, regata que tem como destino Itajaí, no Brasil. Passando pelos mares do sul, as sete equipes que disputam a Volta ao Mundo precisam lidar com muitos fatores, incluindo as temperaturas baixas, durante quase todo os 7.600 milhas náuticas de percurso.
“Nós estamos aqui se aproximando do Cabo Horn. As condições estão ficando cada vez mais extremas. Nós tivemos neve, pelo lado de fora. Várias tempestades de chuvas, então vento aumenta e nós temos que nos preparar, e cada um faz mais uma função. Com isso, fica até mais fácil de entreter. Realmente, estamos enfrentando ventos muito fortes e tem que se preparar para não quebrar o barco, pois precisamos seguir depois do Cabo Horn”, disse a atleta.
A campeã olímpica teve uma pequena lesão após bater o cóccix durante a velejada. Mas nada sério. O team AkzoNobel ocupa a sexta colocação por enquanto, mais de 60 milhas náuticas atrás do líder Team Brunel.
“Como brasileira, eu nunca vou conseguir me acostumar com esse frio. Está frio demais. Minha mão está congelada. No frio é mais difícil de lidar com lesão, então tudo está mais doloroso. Mas, hoje foi um dia incrível lá fora, com o sol. Nos outros dias estava chovendo”, disse Martine Grael.
Faltam menos de 1.400 milhas para chegar ao lendário Cabo Horn, que dará um ponto de bônus para quem o contornar primeiro. Os ventos estão acima de 40 nós, com ondas cada vez maiores e até neve, como citado acima pela campeã olímpica.
E assim continuará a ser pelas próximas 24 horas antes de uma nova pausa. Mas, à medida que os barcos se aproximam do Horn, as condições irão se deteriorar significativamente novamente, com previsão de ventos ainda mais fortes e ondas enormes.
O Team Brunel continua a liderar sob a batuta dos veteranos Bouwe Bekking e Andrew Cape, que já passaram pelo Cabo Horn algumas vezes.
“As pessoas mais jovens ajudam a tornar o barco mais rápido, mas nunca sofreram um sério revés e não queremos que experimentem isso”, disse Bouwe Bekking. “As coisas podem piorar rapidamente aqui. Em apenas um piscar de olhos, 30 nós podem se tornar mais de 40, e então qualquer coisa pode acontecer”.
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