Scheidt
No início da fase decisiva, bicampeão olímpico teve um dia de altos e baixos, mas conseguiu se manter entre os líderes e firme na busca pelo 12º título de melhor do mundo na Classe Laser
Uma regata complicada e outra bastante positiva. Este foi o saldo de Robert Scheidt no quinto dia do Campeonato Mundial de Laser, disputado em Puerto Vallarta, no México. O bicampeão olímpico foi 25º na primeira prova e se recuperou ao fazer o quinto lugar na segunda regata desta segunda-feira (16). Com a entrada do segundo descarte, Scheidt abandonou o mau resultado e manteve o terceiro lugar na classificação geral, com 38 pontos, 15 a mais do que o líder Nick Thompson, da Inglaterra, e a 11 pontos do francês Jean-Baptiste Bernaz, segundo colocado. O destaque do dia foi o cipriota Pavlos Kontides, que venceu as duas regatas e subiu para o quinto lugar, com 46 pontos.
Em busca do 12º título mundial na Classe Laser, Robert Scheidt volta para a água nesta terça-feira (17) para mais duas regatas da flotilha ouro, que reúne os 56 melhores velejadores da fase classificatória. A competição termina na quarta-feira (18) e Scheidt sabe que, neste momento decisivo, será necessário dosar cautela para evitar eventuais punições e ousadia para atacar nos momentos certos em busca das primeiras posições. “É hora de ser um pouco mais astuto na largada, um pouco mais agressivo, para tentar sair um pouco melhor, principalmente se o vento estiver fraco. A velocidade está boa, esse não é o problema, o problema está na largada. Estou um pouco receoso no início, com o pé atrás, porque escapei na primeira regata do campeonato e levei uma bandeira preta. E isso está me custando um pouco. Mas tem bastante ponto em jogo ainda, mais quatro provas, e é hora de dar um gás no final”, afirmou o bicampeão olímpico, patrocinado pelo Banco do Brasil, Rolex, Deloitte e Audi, com os apoios de COB e CBVela.
Foi justamente o vento fraco que comprometeu a primeira prova de Robert nesta segunda-feira. “A primeira regata largou com vento fraco e bem inconstante. Estava difícil de prever o que iria acontecer. Todo dia o vento tem girado para a direita e, por isso, acabei optando por ir pelo lado direito da raia, mas não funcionou e cruzei a primeira bóia muito mau. Depois recuperei um pouco, mas, na flotilha ouro, é dificil, o nível é bem alto. Foi realmente uma regata ruim”, relatou Scheidt, que completou. “Na segunda, o vento apertou, foi para 15 nós, e acabou sendo uma regata mais normal. Larguei um pouco melhor, já velejei bem o primeiro contra-vento e consegui um quinto lugar. Deu para ver, pelos resultados, que todo mundo teve uma regata boa e uma ruim e isso mostra o nível elevado da flotilha e quanto custa um erro. O campeonato ainda está bem aberto, já que todo mundo tem um resultado ruim, descartado, e agora todos terão de somar o que vier.”
Além de Robert Scheidt, o Brasil tem mais um representante na flotilha ouro do Mundial. Bruno Fontes está em 27º, com 113 pontos perdidos. Na flotilha prata, está Lucas de Bueno em 47º, com 379 pontos. A fase classificatória do Mundial reuniu 112 velejadores.
Classificação – após 10 regatas e 2 descartes
1- Nick Thompson (ING) – 23 pontos perdidos
2- Jean-Baptiste Bernaz (FRA) – 27 pp
3- Robert Scheidt (BRA) – 38 pp
4- Matthew Wearn (AUS) – 41 pp
5- Pavlos Kontides (CHP) – 46 pp
27- Bruno Fontes (BRA) – 113 pp