A SSL Nations Gold Cup foi apresentada em novembro de 2018 na cidade francesa de Lorient. A exemplo da SSL Finals, em Nassau, nas Bahamas, a Star Sailors League traz mais um evento inovador no cenário internacional da vela. O objetivo da SSL Gold Cup é coroar a melhor nação náutica, assim como a Copa do Mundo de Futebol consagra o país da melhor seleção do mundo.
No Yacht Racing Forum de 2018, o diretor Esportivo da SSL Gold Cup, o velejador polonês Mateusz Kusznierewicz, campeão olímpico da classe Finn, anunciou que a primeira disputa entre nações será em outubro de 2021, na Suíça. A apresentação oficial dos primeiros 20 capitães de cada país será feita em 15 de abril no Museu Olímpico de Lausanne (SUI).
O evento final da primeira edição da SSL Gold Cup, no Lago de Neuchatel, distribuirá US$ 1 milhão em premiações. A organização espera que cada país consiga arrecadar cerca de US$ 100 mil (R$ 400 mil) para custos de transporte e hospedagem. As regatas serão disputadas por modelos SSL 47 (15m) e cada barco levará entre 8 e 10 tripulantes. Diferentemente da America’s Cup e da Volvo Ocean Race, a SSL Gold Cup terá equipes formadas exclusivamente por velejadores nascidos no mesmo país.
O processo de seleção está em andamento desde novembro de 2018. A Star Sailors League criou uma lista de velejadores a partir da qual será indicado o capitão de cada país. Além do tradicional ranking de timoneiros e proeiros da SSL, referência para a definição das 25 duplas da Classe Star que correm anualmente em dezembro, desde 2013, a SSL Finals em Nassau, haverá outro ranking para atletas das demais classes da vela em geral.
Brasileiros no Star Sailors League
Pela tradição na vela mundial e resultados nas seis edições da SSL Finals, o Brasil deverá montar um time de ponta para a SSL Gold Cup. Robert Scheidt e Bruno Prada venceram a primeira edição. Jorge Zarif e Pedro Trouche são os atuais campeões, além de Henry Boening, com três pódios, e das presenças sempre marcantes de Torben e Lars Grael, Samuel Gonçalves, Guilherme de Almeida e Arthur Lopes.
Para oferecer oportunidade aos principais velejadores de cada país, independentemente de seus recursos financeiros, metade de cada equipe será formada com base no Ranking SSL e a outra metade será indicada pelo capitão do país, que poderá ou não ser o timoneiro. A tripulação poderá ter ainda, um responsável que não esteja obrigatoriamente a bordo nas regatas, totalizando 11 integrantes.
As 144 nações filiadas à World Sailing – Federação Internacional de Vela – poderão ser representadas, porém, nesta primeira edição haverá o limite de 40 países. As regatas de classificação serão disputadas em grupos de quatro barcos, até a definição das oito tripulações que seguirão às quartas de final. As nações tradicionais na vela terão o direito de treinar dez dias por ano no Centro de Treinamento da SSL na Suíça, sem custos. Os países emergentes na modalidade poderão treinar até 30 dias por ano.