Apesar de sustentar a liderança da primeira etapa da Volvo Ocean Race por quase três dias, o 11th Hour Racing ainda não tem folga para os adversários pela ponta. O Mapfre e o Team AkzoNobel, da brasileira Martine Grael, tem reais chances de ultrapassar.
E a meteorologia indica que esse ataque à liderança do 11th Hour Racing deve ser feito até quinta-feira (26), quando os barcos deverão contornar a Ilha de Porto Santo, ao norte da Ilha da Madeira. Os ventos até o chamado “gate” – termo usado na vela para indicar uma linha obrigatória de passagem – devem variar muito, mas após isso prometem soprar mais forte na direção do destino final, que é a capital portuguesa. Antes de largar, Martine Grael disse que o sprint final seria de vento em popa, ou seja, com muita velocidade até a linha de chegada.
Nas últimas 24 horas, a intensidade mudou de muito fraca para média. A organização adicionou mais um gate ao norte do arquipélago para aumentar ainda mais a emoção da primeira etapa da Volvo Ocean Race.
“Desde que deixamos Gibraltar tem mudado muito. É um pouco frustrante ver os adversários tirando algumas milhas de nós, mas espero que possamos acelerar”, disse o comandante do 11th Hour Racing Charlie Enright.
Enquanto Mapfre e AkzoNobel tentam achar o melhor ângulo para assumir a ponta, Team Sun Hung Kai/Scallywag, Dongfeng Race Team, Team Brunel e Turn the Tide on Plastic estão praticamente alinhados.
“As últimas duas noites foram bastante contrastantes. Na anterior tivemos 30 nós e muita água espirrando a bordo, enquanto na noite passada pegamos de dois a três nós apenas tentando manter as velas cheias”, explicou o campeão olímpico e da America’s Cup, Peter Burling. Ele corre no Team Brunel.
O time do Sun Hung Kai / Scalywag teve um problema na noite passada com uma peça que quebrou. Apesar do susto e contratempo, o barco de Hong Kong segue firme no segundo pelotão.