O Projeto Noronha 13 pés nasceu pela busca por aventuras em águas brasileiras, os velejadores Felipe Ludovice e Nicola Maniglia percorreram mais de 1.000 km em alto-mar com um veleiro catamarã de 13 pés (cerca de 4 metros) por 10 dias. O trajeto nunca havia sido feito por uma embarcação dessas proporções.
O destino escolhido por eles foi o arquipélago de Fernando de Noronha. Com três anos de planejamento, o objetivo da viagem era disseminar a prática da vela, enfatizar o caráter sustentável da modalidade e incentivar os amantes do esporte a empreenderem grandes aventuras.
Todas as atividades eram revezadas pelos dois, como a navegação com o GPS, a comunicação no rádio, os momentos de descanso e o preparo das refeições. No cardápio, barrinhas de cereais, proteínas e carboidratos em gel e um luxo: 1 refeição diária com macarrão e carne enlatada, feita em um fogareiro adaptado.
A viagem teve início em janeiro deste ano, a dupla de velejadores realizaram a expedição com um veleiro tipo catamarã de 13 pés, sem motor e sem cabine. O veleiro Andorinha, apelidado carinhosamente em homenagem à pequenina ave marinha, saiu de Praia Bela, na Paraíba e desembarcou em Maxaranguape, no Rio Grande do Norte.
“Tivemos alguns problemas com o estaiamento (cabos que seguram o mastro). A primeira e a segunda vez que eles arrebentaram, o mastro quase veio abaixo. Ele começou a cair e eu tive de segurar pra impedir, enquanto o Nicola fazia os reparos. Para completar, na manhã do terceiro dia de viagem, percebemos que a bolsa do Nicola com todas as roupas e equipamentos pessoais havia caído no mar durante a noite. Nela estavam também a farmácia principal da expedição e o rádio VHF, o que foi um golpe duro para nós, pois dificultou nossa comunicação”, comenta Felipe.
Felipe Ludovice além de velejador é fotógrafo e videomaker, assim, sendo o responsável por produzir todo o conteúdo audiovisual da expedição.